Ezra Cooper não é apenas um nome, é um eco de alguém que já foi grande, mas agora carrega o peso de uma tragédia que apagou tudo o que amava. Um trompetista que outrora encantava plateias, ele agora toca por migalhas em bares vazios, com a alma tão quebrada quanto as notas que saem de seu instrumento. A vida, às vezes, gosta de jogar duro, não é? Um acidente de carro leva sua família, e o que sobra é um vazio que nem a música consegue preencher. Já sentiu aquele momento em que parece que o chão some? É exatamente onde Ezra está quando a história começa.
O destino, porém, tem seus truques. Um homem no hospital menciona um acidente com uma lente Fresnel, peça de um farol, e algo naquela imagem prende Ezra. Ele vai até o farol, não como turista, mas como alguém atraído por um ímã invisível. Lá, por um mal-entendido, acham que ele é o novo guardião. Ele não corrige. Por quê? Talvez porque, naquele momento, o isolamento seja a única coisa que faz sentido. Quem nunca quis sumir do mundo por um tempo? O farol, com sua luz girando na escuridão, vira o palco da sua tentativa de se reconstruir.
É aí que a narrativa começa a brilhar, como a luz do farol cortando a névoa. Ezra conhece Sam, um cara que carrega seus próprios demônios. Sam está no limite, pensando em desistir de tudo, mas algo na presença de Ezra o faz hesitar. Eles se conectam, dois estranhos que encontram um no outro uma razão para continuar. É lindo, mas também frágil. A amizade deles me lembra aquelas conexões improváveis que surgem quando menos esperamos, como um amigo que aparece na hora certa e muda tudo. Você já teve alguém assim? Alguém que, sem querer, te puxa de volta?
Mas a vida nunca é só sobre encontrar a luz, é também sobre lidar com as sombras. Quando Ezra conhece Hannah, uma professora com um jeito misterioso e um filho apaixonado por música, algo novo desperta nele. A música, que já foi sua paixão, volta a pulsar, agora como uma ponte para essa nova conexão. Hannah é como um sopro de esperança, mas também uma complicação. Sam, que encontrou em Ezra um porto seguro, começa a sentir ciúmes. E aqui a história dá uma virada, porque o ciúme não é só inveja, é medo de perder o que te mantém vivo. Quem nunca sentiu isso, nem que seja por um instante?
Comparando Ezra e Sam, vemos dois lados de uma mesma moeda. Ezra está tentando subir do fundo do poço, enquanto Sam ainda está caindo. Ezra encontra propósito em ajudar os outros, mas Sam se agarra a ele como se fosse sua única salvação. É uma dinâmica que faz você pensar: até onde vai a nossa responsabilidade pelos outros? E quando ajudar alguém começa a te custar caro? A tensão entre eles cresce, e o farol, que deveria ser um símbolo de guia, vira um palco de conflitos internos e externos.
Agora, vamos falar de Hannah. Ela não é só a “mocinha” da história, é uma mulher com camadas, alguém que carrega suas próprias dores e sonhos. Sua relação com Ezra é mais do que romântica; é sobre dois adultos tentando entender o que significa viver de novo. O filho dela, apaixonado por música, é o toque de leveza que equilibra a narrativa. Ele me lembra como as crianças têm essa capacidade de nos mostrar o que realmente importa, mesmo quando tudo parece perdido. Você já parou pra pensar como uma criança pode mudar a forma como vemos o mundo?
O filme, dirigido por Konstantin Khudyakov, usa a música como um fio condutor. As composições de Walter Afanasieff não são só fundo musical, são quase um personagem, guiando as emoções de Ezra, Sam e Hannah. A música aqui é como a luz do farol: às vezes suave, às vezes intensa, mas sempre presente. Isso me faz pensar em como a arte, seja música, pintura ou até uma conversa, pode nos ajudar a enfrentar o pior. Qual foi a última vez que uma música te tirou de um momento ruim?
Mas nem tudo é perfeito, e é bom ser honesto. A trama às vezes parece se apoiar demais no drama, correndo o risco de cair no exagero. O ciúme de Sam, por exemplo, pode soar forçado em alguns momentos, como se o roteiro quisesse empurrar o conflito a todo custo. Ainda assim, as atuações salvam. Jack Huston entrega um Ezra que é ao mesmo tempo frágil e forte, alguém que você quer ver vencer. Brandon T. Jackson como Sam traz uma intensidade crua, e Abbie Cornish dá a Hannah uma profundidade que faz você querer saber mais sobre ela.
Se eu fosse comparar esse filme com algo, diria que ele tem ecos de “O Farol” (2019), com Robert Pattinson e Willem Dafoe. Ambos usam o isolamento de um farol para explorar a psique humana, mas enquanto “O Farol” mergulha na loucura, “I’m Beginning to See the Light” busca a redenção. É uma diferença crucial. Onde um é claustrofóbico e sombrio, o outro é esperançoso, mesmo com seus momentos de tensão. Qual você prefere: histórias que te afundam na escuridão ou as que te mostram uma saída?
E aqui vem o suspense. O que acontece quando Ezra, Sam e Hannah não conseguem mais ignorar os conflitos entre eles? O trailer sugere um confronto inevitável, mas não entrega o final – e isso é ótimo. Você começa a se perguntar: quem vai ceder? Quem vai quebrar? Ou será que o farol, com sua luz incansável, vai mostrar a todos um caminho? É o tipo de história que te faz querer pular pra frente, mas também te prende em cada cena, cada nota, cada olhar.
Chegando ao final, a narrativa toma um tom épico, mas não no sentido de explosões ou grandes batalhas. É épico no sentido humano, na luta de cada um para encontrar seu lugar no mundo. Ezra, que começou como um homem destruído, agora tem uma escolha: se fechar na dor ou abraçar a vida, com todas as suas imperfeições. Sam e Hannah também enfrentam seus próprios finais, e o filme deixa você pensando sobre o que significa “salvação”. Não é sobre apagar a dor, mas sobre aprender a viver com ela.
E agora, leitor, a bola está com você. O que você faria no lugar de Ezra? Ficaria no farol, tentando salvar os outros, ou buscaria sua própria luz? A história de “I’m Beginning to See the Light” não é só sobre um trompetista, um farol ou uma amizade complicada. É sobre nós, sobre como enfrentamos nossas próprias tempestades. Então, te convido a assistir, a refletir e a compartilhar o que achou. Porque, no fim, a luz que buscamos muitas vezes está nas conexões que criamos.
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Créditos: deadline.com
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